quarta-feira, 8 de abril de 2009

E EU NEM PUDE VISITÁ-LO...

de Luiz Poeta ( sbacem - RJ )
Luiz Gilberto de Barros - Rio de janeiro - Brasil
Para o meu eterno irmão Artur da Távola

Meu amigo morreu e eu nem pude visitá-lo...
Estava ocupado em viver para o trabalho;
A morte é cruel e nem procura algum atalho...
Constato que estou vivo e ele se foi... eu só me calo.

Meu amigo morreu e eu nem pude...... confortá-lo...
Estava absorto em fantasias de poeta;
Agora a minha vida se tornou mais incompleta...
Meu amigo se foi e nem sequer pude abraçá-lo...

A vida entretanto é resistente, a experiência
Mais uma vez mostrou, irretocável, que a ciência
Jamais há de matar ou destruir um sentimento...

Maior que essa dor cruel da própria consciência
É essa letargia arbitrária, cuja essência
Repousa na mudez da solidão de um pensamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário